O ex-diretor da Polícia Rodoviária Federal (PRF) Silvinei Vasques foi transferido neste sábado pela manhã de Foz do Iguaçu, no Paraná, para Brasília, segundo a Polícia Federal (PF). Vasques aguardava preso na cidade paranaense, após ser detido pela polícia do Paraguai quando tentava fugir para El Salvador. Ele foi entregue ao Brasil na noite dessa sexta-feira, 26. O cachorro que o acompanhava na fuga ficou com amigos de Vasques.
Com a tentativa de sair do país, o ministro Alexandre de Moraes determinou a prisão preventiva do ex-PRF, que cumpria domiciliar. Após a decisão, a defesa de Silvinei pediu que ele fique preso em Santa Catarina, de preferência nos municípios de São José ou Florianópolis, por ter família e amigos nesses locais.
Além disso, a defesa diz que, por ter sido policial militar no estado, tem a vida em risco se ficar em um presídio comum. A defesa menciona ameaças que ele teria sofrido enquanto esteve na Penitenciária da Papuda, em Brasília. Por isso, os advogados pedem que, caso o ministro considere indispensável o cumprimento da pena no Distrito Federal, que ele fique na “Papudinha”. Esta é uma área especial para condenados que não podem ficar com presos comuns.
De acordo com a decisão, a tornozeleira eletrônica de Vasques perdeu sinal na madrugada do dia de Natal. Quando a equipe da PF foi verificar o que tinha acontecido, não o encontraram em casa.
Condenação no STF
Vasques foi condenado a 24 anos e meio de prisão por participar do núcleo dois da tentativa de golpe de estado. Segundo as investigações, Silvinei Vasques articulou blitzes da PRF no Nordeste durante as eleições para impedir eleitores de Lula de chegarem aos locais de votação.
Fonte: Ag.Brasil