Retrospectiva 2025: posts sugeridos para ler ou reler - 28/12/2025 - O Mundo É uma Bola
Torcida do Flamengo reúne-se no Maracanã para torcer pelo time na decisão da Libertadores de 2025, contra o Palmeiras - Pablo Porciuncula - 29.nov.25/AFP

2025 vai chegando ao fim e, ao olhar para trás, vejo três cores: vermelho, preto e amarelo.

As três, separo em duas partes: uma, contendo o preto e o vermelho, do Flamengo; a outra, a cor do sol, o amarelo, a cor do Mirassol.

Focando exclusivamente o Brasil, o Flamengo é o time do ano. Disputou sete títulos –considero apenas o time masculino principal e desconsidero troféus obtidos dentro de outra competição, como ocorre na Copa Intercontinental–, ganhou quatro: Libertadores, Brasileiro, Supercopa do Brasil e Estadual do Rio.

Faltaram o Supermundial de clubes (queda nas oitavas de final), a Intercontinental (derrota na decisão) e a Copa do Brasil (eliminação nas oitavas) para o rubro-negro atingir a perfeição.

“Ah! Sem esses três, 2025 não foi tudo isso”, dirá alguém mais crítico sobre o desempenho do Flamengo. Foi, sim. Que outro clube teve capacidade para disputar tantos torneios e faturar mais da metade deles?

Uma performance memorável para o timemais popular do Brasil, que tem o urubu como mascote, adotado pela fanática torcida em 1969 como símbolo de superação e identidade, transformando uma provocação racista em união e força.

Não bastasse a quadra de conquistas, o título do Brasileiro ainda rendeu discussão acalorada: foi a nona láurea na competição (como defende o colunista Ruy Castro) ou a oitava (como argumenta o repórter especial Naief Haddad, com minha concordância)?

Como eu desprezo o que a CBF fez –tratar como campeão brasileiro os vencedores de torneios anteriores ao Brasileiro de 1971 (Taça Brasil e Roberto Gomes Pedrosa)–, para mim o Flamengo é, empatado com o Palmeiras, o maior ganhador do campeonato: oito vezes.

Polêmica essa à parte, passo para o Mirassol.

O pequeno clube do interior de SP, em sua estreia na elite nacional, terminou na quarta colocação, com 67 pontos (18 vitórias, 13 empates e 7 derrotas).

Não perdeu uma única partida em seu estádio, o Maião, ganhou o apelido de Terror do Interior e obteve vaga para a próxima Libertadores, o que times “de camisa” como Atlético-MG, Grêmio, São Paulo e Santos não conseguiram.

Uma campanha histórica para os comandados do até então desconhecido treinador Rafael Guanaes, incluindo o lateral esquerdo Reinaldo, o Kingnaldo, que pleiteia aos 36 anos uma vaga na seleção brasileira que disputará a Copa do Mundo de 2026.

O Mirassol, aliás, trouxe-me um dos momentos mais marcantes de 2025. Depois de eu ter escrito um texto sobre o Leão Caipira, uma moradora de 91 anos da cidade de 66 mil habitantes me enviou uma carta, escrita à mão, dizendo-se “comovida e grata” pelo artigo.

Ainda no Brasil, é digno de menção o título do Corinthians, claudicante no Brasileirão, na Copa do Brasil. O técnico Dorival Jr., 63, sabe mesmo como ganhar essa taça –sua quarta, sempre por uma equipe diferente (antes, venceu com Santos, Flamengo e São Paulo). Ela lhe é predestinada.

Em termos globais, destaques nos últimos 12 meses para o Paris Saint-Germain, campeão da Champions League pela primeira vez, e da Copa Intercontinental (superando na final o Flamengo), e para o inglês Chelsea, supercampeão mundial ao bater o time francês no primeiro Mundial com 32 participantes, uma competição verdadeiramente prestigiosa.

Individualmente, o personagem é o atacante francês Dembélé, do PSG, que faturou tanto a Bola de Ouro (da revista France Football) quanto o The Best (da Fifa), escolhido que foi como o melhor jogador da temporada.

Particularmente, ele não me empolgou –quero ver se em 2026 se manterá em alto nível–, mas não teve injustiça. Fez o suficiente para merecer os troféus.

Finalizo, antes de sugerir para leitura (ou releitura) posts de O Mundo é Uma Bola (um por mês), enaltecendo o futebol feminino: congratulações para a Rainha Marta, 39, que ganhou título inédito na liga dos EUA com o Orlando; para a seleção brasileira, eneacampeã da Copa América; para a Inglaterra, bicampeã consecutiva da Eurocopa; e para o Corinthians, campeão da Libertadores e do Brasileiro (bravo, Bravas!).


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Fonte: Folha de S.Paulo

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